Na quarta-feira (14), também às 19 horas, o tema em debate será “Pensamento crítico: a importância das Ciências Humanas”. Uma das participantes, a professora Maria Tarcisa Silva Bega, do Departamento de Sociologia da UFPR, afirma que a discussão parte de uma questão central: há Ciências Humanas sem pensamento crítico? E antecipa parte da resposta: “O conhecimento moderno é apoiado em dúvida metódica, análise criteriosa dos fatos e comprovação de evidências. No caso das Ciências Humanas, por lidarem com processos histórico-culturais, a criticidade é central para sua existência”.
De acordo com ela, “a partir desse pressuposto, as Humanidades, como espaço por excelência do pensamento crítico, deve estar articulada aos demais campos do saber, em especial no espaço universitário”.
Além de Maria Tarcisa, participarão do segundo dia de debate o professor Clóvis Mendes Gruner, do Departamento de História da UFPR, e a psicanalista Fernanda Zacharewicz, que é também editora da Aller.
O ciclo se encerra na quinta-feira (15), com um debate sobre o tema “A Ciência pela vida: uma corrida contra o tempo”. A bióloga, virologista e divulgadora científica (Labio Canal) Thabata Alessandra Ramos Caruzo pretende apresentar um panorama do que se sabe até agora sobre o coronavírus e a Covid-19, e o que depende de nós nessa batalha: “Em um ano de pandemia, muito se aprendeu sobre o vírus SARS-CoV-2 e sobre a Covid-19. Mas ainda é preciso uma maior compreensão sobre a característica coletiva da pandemia e sobre como as ações de cada um de nós, aliadas à falta de um direcionamento sólido de políticas públicas, nos trouxeram a mais de 300 mil mortos no Brasil, sendo uma morte a cada 22 segundos no país”.
Outro participante desse painel, o professor Marcelo Müller dos Santos, do Departamento de Bioquímica da UFPR, propõe um questionamento: como esperar respostas da Ciência no atual cenário? “Minha ideia é apresentar o cenário atual de desinvestimento na ciência nacional e as dificuldades estruturais que temos para competir internacionalmente”, adianta.
Além deles, participará desse terceiro debate o pesquisador Marcelo Pelajo Machado, que é chefe do Laboratório de Patologia do IOC e curador do Museu da Patologia da Fiocruz.
O evento é aberto a todos os interessados, mas quem quiser receber certificado deve se inscrever previamente, preenchendo o formulário aqui. As vagas são limitadas.
Lorena Aubrift Klenk